27.10.10

Amor próprio

Estava pensando hoje, como podemos amar alguém se não desenvolvemos  o amor próprio. Ando percebendo que o grande problema dos relacionamentos amorosos e essa dificuldade que as pessoas tem de se relacionarem, E tal dificuldade,  está no simples fato delas não se amarem. Quando vc não se gosta a tendênca é vc procurar no outro o preenchimento do vazio...como o outro não pode ser responsável pela sua felicidade os relacionamento não se sustentam. É claro que esta questão é bem mais complexa. Se as pessoas entendem que o amor, que a felicidade está nelas mesmas, nas suas satisfações pessoais e consequentemente nas sociais,  elas param de sofrer. Elas param de culpar o outro, elas param de tentar preencher esse vazio.
É justamente esse vazio que faz com que tenhamos estas necessidade de consumo desenfreado, tanto de bens materiais como de pessoas. Tratamos o outro como uma peça de roupa e quando ele não nos serve ( não nos trás mais a euforia) nos o descartamos e continuamos infelizes. Pois além de não conseguir aquela parte  que nos falta, ainda levamos transtornos para a vida alheia. As pessoas começam a ficar cada vez mais isoladas e com medo de viver, com medo de sofrer. Se elas tivessem a consciência que o que lhe trará felicidade não é o outro e sim elas próprias, buscando o que são, tentando entender o que querem para as suas vidas com certeza existira menos individualismo e menos consumo.
Sempre achamos que aquele que está só, vive em pseuda solidão, com seus livros suas metas não é alguem feliz. Essa pessoa não é eufórica, mas feliz ela é . Pois ela já conseguiu o mais difícil, que é conviver consigo mesma. Ela aceitou suas limitações e busca sua felicidade interna sem responsabilizar o outro. Isso até pode parecer livrinho de auto ajuda, mas tem muito a haver como a forma como encaramos nossa sociedade. Numa sociedade onde a felicidade está ligada ao ter e não ao ser, como podemos explicar para as pessoas que ela só sera feliz quando ela conseguir entender quem ela é no mundo, o que ela faz neste corpo social. Quando ela entender que a angústia da existência e algo benéfico, pois demonstra que ela está viva e que por si só pode entender ou não entender seu papel no mundo... ela deixa de buscar no outro, no consumo de seres humanos a plenitude.  Mas isso interfere em várias questões, para a pessoa alcançar esse grau de consciência, ela terá que refletir sobre si e sobre o mundo que vive e convenhamos desde quando o sistema quer seres humanos reflexivos. Pois quem pensa não é dominado, que é feliz por si só também não. Não se trata só de uma questão  sobre escolhas na bsca da felicidade mas sim numa tentativa de fim da  dominação de toda uma sociedade.

Um comentário:

  1. Concordo plenamente com vc. Ao mesmo tempo é triste pois é uma luta utópica mas tb não posso deixar de acreditar nela e q td pode melhorar.... vc é uma mulher muito bonita e tem conteúdo! bjs p vc

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