25.1.10

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Como eu gostaria que todas estas " afirmações" que fazemos aqui sobre relacionamentos  fossem grandes enganos. Não torcemos para relacionamentos ruins, não  gostamos de complicação. Gostamos apenas do óbvio. do dia a dia , do natural . Mas estranhamente cada dia tenho mais provas  de que o que escrevemos aqui é a mais pura verdade. Não vou mentir que de vez enquanto me bate uma frustração e  fico me perguntando " por que não eu" como dizia a música rs . Mas esse surto dura 2 minutos pq no fundo temos as respostas.
Como é difícil ter personalidade, como é difícil não aceitarmos imposições nem fazer charme para o outro. Não é escolha é condição. As garotas que são assim não escolheram elas simplesmente são. É meio contraditório da  idéia Sartriana, mas no fundo o que quero dizer é que ao invés delas neutralizarem suas persnalidades, suas vontades e necessidades elas as assumem e melhor correm atrás do que querem. E estranhamente depois de tantas lutas por igualdade acho que a muito tempo não está tão  desigual.
É assustador ver um documentário sobre Coco Chanell uma mulher do início para o meio do século XX e acharmos ela tão corajosa. Ué não deveríamos ter sido a continuação dela. Como a continuação de Rosa Luxemburgo, Simone, Hanna e tantas outras que ousaram ser igual...
A verdade é que infelizmente é muito difícil ser nessa sociedade onde até o descolado e o inovador são puras representações de um esteriótipo. E aqueles que ousam ser efetivamente sofrem as consequências...
" é incrível o que se perde quando se decide ser alguém" coco Chanell

19.1.10

Amigão!

Existe um tipo de garota que é super legal! Elas são Bacanas , divertidas, onde você pode falar qualquer coisa sem se preocupar com restrições morais ou aquele medo de afastamento. Essas garotas normalmente cultivam mais amizades com o sexo oposto . Não pq são iguais a eles mas pq são mais práticas. O problema é que esta naturalidade, essa forma de convivência com o sexo oposto baseada na espontaneidade não é tão bem vista pelos homens, pelo menos não dá forma como a garota quer. Normalmente os caras, acabam por considerar estas meninas como sendo tão legais, tão bacanas, tão divertidas, tão amigas que começam a trata-las como se fossem amigos!mÉ daí que nasce amigão. 
a primeira vez que ouvi essa expressão foi depois de pular uma janela num passeio de escola. Logo o jeito muleque fez com que a minha relação com os homens fosse fácil e espontânea, porém só na amizade. Os relacionamentos amorosos com estas garotas são super  complicados! O que é meio paradoxal. Os homens estão sempre reclamando do quanto as garotas são complicadas, difíceis de entender " sensíveis demais". E quando encontram o oposto, alguém que leva a vida na tranquilidade e irresponsabilidade tipicamente masculina ( acredito que isso esteja no DNA RS), ou que simplesmente fogem do esteriotipo negativo que eles criaram, eles as rejeitam de forma veemente como mulheres e começam a trata-las como amigão. Elas vão saber da vida sexual dos amigos, com quem saíram , como saíram,  como fizeram , como não fizeram...rs
Até aí estaria tudo bem, mas parem para observar. Normalmente as garotas que são tipo ' amigão" não são feias, são bonitas. Não escondem a inteligencia e muito menos tem personalidade fraca. Mas estranhamente, estão sempre sozinhas...Pulam de uma relação a outra, como se tivesse medo de envolvimento. Mas apesar desse pseudo medo, elas nunca saem de perto de seu amigão.  Estão sempre por perto, sempre aconselhando, em todos os momentos... Será que realmente estas garotas que são consideradas " amigão" estão alí na qualidade de amigas ou sentem um amor tão incondicional que aceitam o papel de amigão?

5.1.10

Indicação de leitura, pra começar 2010 sorrindo!


Primeiramente, feliz 2010!

E meu primeiro post do ano é sobre um livro que encontrei de bobeira durante um “passeio- pós-almoço-com-namorado” (porque não dá ir direto pra sacanagem logo depois de comer, né?) numa livraria (sim, nós lemos). O título é engraçado mesmo, e é um convite pra começar a diversão: “Eu sento, rebolo e ainda bato um bolo – O guia para a mulher que não precisa de guias”, de Andréa Cals e Marcela Catunda. O site Banheiro feminino serviu de inspiração pra essas moças. Certamente existem outras “pérolas literárias” delas, mas esse é um ótimo livro pra começar. O esquema o livro é o seguinte: é auto-ajuda pra aquelas que adoram rir! Então, prepare-se pra papos abertos, sem enrolação e com muito escracho! Sim, elas falam de absolutamente tudo de um jeito muito engraçado... Tem “reflexões” sobre tamanho de pênis, filhos, amigas lésbicas, até a conselhos super legais para quem levou um pé na bunda! Tudo super explicadinho (tem tabelas e tudo!), e uma “faixa bônus” super útil. Muito legal pra aquelas que, apesar de tudo, ainda tem paciência com os homens e não perdem a chance de fazer uma boa piada! Prefiro parar por aqui; não vou nem dar spoilers pra não estragar. Vou mandar a ficha técnica do livro pra encontrar na melhor livraria perto de você.

“Eu sento, rebolo e ainda bato um bolo – O guia para a mulher que não precisa de guias”
Autoras: Andréa Cals e Marcela Catunda
São Paulo: Matrix, 2006

E para aquelas que querem conferir o site Banheiro Feminino:


DEBORA ROCHA ( CONSELHO EDITORIAL)

2.1.10

Retrocesso

Em pleno 2010 não temos carro voador, nem aquela luz que transporta seres humanos. Tudo de um certa forma,  está muito parecido com algumas décadas atrás .
 Tudo bem de uma certa forma a tecnologia avançou, mas o comportamento humano retrocedeu e muito. Estamos no auge da intolerância. Não se tolera o diferente, não se tolera uma argumentação, não se tolera nada.  E algo que vem se tornando uma reclamação frequente e universal é o machismo. A muito tempo não se ve um comportamento tão machista dentro da sociedade ocidental. Isso não é uma fala feminista muito pelo contrário, é sim um questionamento para tentar entender pq estamos nesse retrocesso no campo das idéias?
Quando amigas  vinham questionar  a dificuldade de se manter um relacionamento, quando parávamos para pensar na questão em si, percebíamos que o problema era muito maior e não era isolado. O problema  na verdade se trata de uma espécie de doença. Ele está numa doença que persiste junto com a história da humanidade, que é o machismo. Você pode ser legal, descolada, brincalhona e até inteligente! Mas não pode ser mais inteligente que ele e nem demonstrar maior capacidade de argumentação do ponto de vista lógico, pq você verá o cara alegre e divertido na hora ou cortar o papo ou fazer um bico. Por trás do mal humor do acompanhante está na verdade um machismo escondido, onde a mulher dele não pode aparecer mais que ele. Me lembro uma vez de estar num carro e ouvir de um grande amigo que ele não conseguiria ter uma mulher que se destaca-se no mesmo meio que ele . Confesso que aquilo além de me chocar jogou toda a admiração no lixo pq é quase assustador. Em pleno século XIX ainda existe uma enorme dificuldade de se lidar com mulheres efetivamente pensantes e questionadoras. Mulheres que não vão baixar a cabeça ou abrir mão daquela postura pq seu parceiro não gostou. É uma violência silenciosa, por que quando você assume esta postura de questionar o mundo, refletir, pensar e brigar pelos seus pensamentos você instantaneamente abre mão de uma vida pessoal plena.
Se olharmos historicamente ou mesmo observarmos as grandes mulheres que existem atualmente ( que infelizmente no ocidente está escasso o oriente está a frente) os sacrifícios do ponto de vista pessoal é imenso. A vida pessoa é quase inexistente. As mulheres que lutaram pela possibilidade do voto, da separação, que pensaram filosoficamente não tinham uma vida pessoal. Não por que não quisessem mais pq quem as aceitaria? Pq no fundo o machismo está alí. As mulheres podem votar, podem " pensar" mas não podem contrariar.
 Existe um retrocesso silêncioso  e uma intolerância crescente . E o pior de tudo é que estamos numa época triste do pensamento. Onde as pessoas estão discutindo ou só sobre a prática ou só sobre teorias que já foram por demais discutidas. Mas não há a discussão e a produção de novas idéias , de novas teorias. Em pleno século XXI o que adianta ter tanto avanço tecnológico se existe um  retrocesso enorme no aspecto humano.
As pessoas estão com uma enorme dificuldade de refletir . E observando isso lembro de uma afirmação de Adorno, quando ele diz que a educação serve para impedir novos campos de concentração. Não se iludam, a impossibilidade de reflexão efetiva, a falta de liberdade para se discutir assuntos básicos e a intolerância  é de uma certa forma um campo de concentração invisível . Pois não há nada mais perigoso que não ter consciência efetiva da realidade.